o Grupo Escolar Joaquim Correia fundado pelo decreto estadual
de nº 234 de 10 de novembro de 1910 na então Vila de Pau dos Ferros. Foi com a
implantação da República no Brasil que a educação destacou-se entre os alvos
preferenciais das políticas públicas de Estado, passando a ser tratada como
instrumento capaz de viabilizar, por meio de ordenamentos, a legitimação
política da República. Nesse contexto, a escola primária era vista como um
dever do Estado e um direito do cidadão.
O Grupo Escolar Joaquim Correia foi construído e instalado nas primeiras
décadas do século XX, no contexto da reforma da instrução pública de 1907, Lei
n. 249, de 22 de novembro de 1907, que autorizou o governo “[...] a reformar a
instrução pública, dando especificamente ao ensino primário moldes mais amplos
e garantidores de sua proficuidade” (RIO GRANDE DO NORTE, 1907, p. 5).
Em 25 de janeiro de 1911, o referido grupo foi inaugurado
“[...] entre as mais vivas demonstrações de regozijo e de entusiasmo.”
(BARRETO, 1987). Participaram da solene inauguração Anfilóquio Câmara, inspetor
de ensino, representante do então Governador do Estado Alberto Maranhão,
Joaquim Correia como patrono e chefe político de Pau dos Ferros, autoridades
civis e religiosas.
O Grupo Escolar Joaquim Correia iniciou suas atividades
ofertando o ensino elementar masculino e o feminino, contando com os seguintes
professores: Orlando Correia, Idalina Curjão. Como diretor do referido grupo
estava Orlando Correia, filho de Joaquim Correia e diplomado em Direito.
Em setembro do mesmo ano foi instalado o ensino infantil
misto, tendo como professora Maria Luiza de Lavor Aires, futura esposa de
Orlando Correia. Idalina Curjão e Maria Luiza provinham do Estado do Ceará e
tinham formação na Escola
Normal de Fortaleza. O ensino infantil misto deixou de ser
ofertado em 1915 e, o Grupo Escolar passou para o regime de escolas isoladas
até a década de 1930, quando é implantado a Escola Noturna (1936) e o Curso
Complementar (1937). (FERNANDES, 2002).
Esse Grupo Escolar estabelecia com a cidade uma íntima
relação, pois acolhia as crianças e jovens pauferrenses para uma formação
pautada nos saberes do ler, escrever e bem contar. Para tanto, a arquitetura do
prédio contava com quatro salas amplas e arejadas e um conjunto de mobílias
como carteiras, birôs e quadros-negros. Anos mais tarde, em 1938, seria
instalada uma biblioteca que continha 800 volumes doados pelo Instituto
Nacional do Livro.
FONTE - OLIVIA MORAIS DE MEDEIROS NETA
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